Tempestades mentais
Que me atordoam
Sinto meu peito
Em disparada
Falta-me o ar
A cabeça
Beira a explosão.
Doi-me tudo
Não é o corpo
Que ressente a
Cruel gravidade
É a alma
Que pressente
A imensa gravidade
De se estar
Vivo.
Debato-me
Em convulsivas
Angústias,
Longos discursos
E debates
Que ocorrem
Apenas na minha mente
Corrosiva
E altamente destrutiva.
Respiro fundo
Pondero meus medos
Dialogo com o real
O que é real?
O real sou eu mesmo
Dentro dos limites
Da minha cogitação
Tendo em dúvida
Até mesmo
A minha efetiva
Existência.
Quem sou eu?